Giovanna Pizzini;
Título - Tomo-te, a minha própria carne II;
Série Travessia;
Impressão em papel fotográfico;
21 x 29,7 cm; 
Fotografia Clarice Rito;
Ano - 2021.
 
Tomo-te, a minha própria carne I
A imagem apresenta diversos elementos simbólicos vinculados à transformação. A torção do corpo, o vestido e a pele com a presença de lama e o elemento aquoso apontam para as metamorfoses de todo ser humano. O conceito de mudança se faz muito presente enquanto um processo em que novos elementos são incorporados e os antigos não são totalmente abandonados. O fato de não se ver o rosto da performer acentua a universalidade da imagem dentro de um princípio em que uma experiência individual pode ser coletiva desde que proponha, de alguma maneira, a entrega do ego para o mundo, de modo que o conjunto do próprio corpo possa dialogar melhor com a natureza e com as marcas que a água deixa em cada pessoa e no ambiente. Afinal, cada movimento da mulher retratada é um passo no fluir da humanidade nas mais variadas situações e direções.
Oscar D’Ambrosio