Mazé Andrade, em “O menino”, realiza uma jornada em direção a uma infância cada vez mais difícil de encontrar, na qual as brincadeiras ocorriam na rua. A artista retoma assim um universo mental e simbólico em que os futuros adultos eram formados imersos na natureza, com pés descalços que entravam em contato diretamente com a força da terra ou com a lama, caracterizada pela presença do poder lúdico e transformador da água. O progressivo afastamento desse contato direto com as forças primordiais da existência estaria tornando os seres humanos progressivamente distantes dos valores de preservação do que está ao seu redor, gerando uma sociedade mais fria e com valores mais ligados ao ter e ao parecer do que ao viver e ao ser. Trata-se de um processo lento, muitas vezes imperceptível, mas que se manifesta de diversas formas no cotidiano de cada um de nós.
Oscar D’Ambrosio
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